segunda-feira, 17 de setembro de 2012


:: Anúncio Oficial :: CBMM anuncia exploração de Terras Raras em Araxá
Anúncio foi feito pelo presidente da empresa, Tadeu Carneiro durante jantar para empresários, políticos e colaboradores
Publicada em 23/5/2012
A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração - CBMM reuniu as lideranças políticas e empresariais de Araxá para anunciar oficialmente que está dando início a exploração de Terras Raras no seu complexo industrial em Araxá
A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração - CBMM reuniu as lideranças políticas e empresariais de Araxá para anunciar oficialmente que está dando início a exploração de Terras Raras no seu complexo industrial em Araxá. O anúncio foi feito pelo presidente da empresa, Tadeu Carneiro, na noite desta terça-feira, 22, no Tauá Grande Hotel.

O encontro contou com a presença do diretor administrativo da CBMM, Antônio Gilberto de Castro; do presidente e do vice-presidente da Codemig, Osvaldo Borges e Antônio Leonardo Lemos; do deputado federal Aracely de Paula, do deputado estadual Bosco, do prefeito Jeová Moreira da Costa; entre outras lideranças do município. O salão Minas Gerais, do Tauá Grande Hotel, ficou repleto de convidados que acompanharam com muito interesse o anúncio.

O presidente da CBMM, Tadeu Carneiro, afirma que a companhia cumpriu mais uma etapa importante de desenvolvimento tecnológico de sua história. Segundo ele, já era de conhecimento da empresa a existência de Terras Raras no minério explorado pela CBMM que depois de cerca de 1,5 ano de pesquisas e estudos conseguiu desenvolver uma tecnologia para a exploração destas Terras Raras. “Somente nesta fase nós investimos R$ 50 milhões para construir uma usina piloto que é quase industrial e que vai produzir entre 1 mil e 3 mil toneladas por ano de Terras Raras aqui em Araxá”, explica o executivo.

Tadeu diz que as Terras Raras se encontram no rejeito do Nióbio. “A nossa tecnologia vislumbra o aproveitamento das Terras Raras que saem do rejeito do processamento do minério de Nióbio. Portanto, após tratarmos o minério e retirarmos o Nióbio para processamento e fabricação dos nossos produtos finais, o rejeito será submetido a um novo tratamento para que se retirem também as Terras Raras e somente após este trabalho ele será depositado definitivamente na barragem de rejeito”, detalha o presidente da CBMM.

O potencial econômico da exploração das Terras Raras em Araxá pode ser comparado ao do Nióbio, na opinião de Tadeu Carneiro. “Nós estamos apenas no início de todo o projeto, em uma etapa de processamento piloto, mas o potencial pode ser comparado ao do Nióbio. Os dois mercados são bem diferentes e os produtos têm aplicações distintas, porém a nossa capacidade de participar do mercado depende da tecnologia que estamos desenvolvendo e o potencial é realmente enorme”, enfatizou.

A exploração das Terras Raras pela CBMM vai representar mais desenvolvimento econômico e geração de novos empregos para o município. “Na medida em que este programa se torne um projeto de sucesso e cresça, a geração de mais emprego e renda para Araxá acontecerá naturalmente. Somente a planta piloto já criou novas oportunidades para dezenas de colaboradores e a tendência é de crescimento com o passar do tempo”, concluiu Tadeu Carneiro.(JORNAL ARAXÁ)


CBMM é a primeira empresa a desenvolver método para processar os quatro minérios das terras-raras na cidade


Publicação: 23/05/2012 06:00 Atualização: 23/05/2012 07:20

Araxá – Apesar de parecer contraditório, terras-raras existem em fartura. Os 17 minerais que compõem o grupo estão presentes em abundância nas jazidas de boa parte do mundo e Araxá, no Alto Paranaíba, possui enorme potencial exploratório, segundo estudos recentes. A maior dificuldade está em seu processamento. Na corrida por esse mercado, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) anunciou ontem à comunidade da região que é a primeira empresa fora da China a desenvolver tecnologia para processamento de quatro elementos: cério, lantânio, neodímio e praseodímio.

Enquanto multinacionais, como a Vale e MBac, e o empresário Eike Batista anunciavam o início da corrida pela exploração dos minerais em silêncio, há um ano e meio a CBMM, que na mesma cidade explora e desenvolve a maior mina de nióbio do mundo há mais de quatro décadas, vem trabalhando para obter a tecnologia necessária para o processamento. Ao todo, foram investidos R$ 50 milhões na primeira fase do projeto-piloto, que garante o processamento de até 3 mil toneladas por ano. A próxima etapa é a busca por empresas interessadas em fechar contratos para obtenção do produto. "Para se chegar ao óxido puro, o processo é conhecido, o que torna muito mais fácil", afirma o diretor-geral da CBMM, Tadeu Carneiro, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas.

Para o processamento, não será necessário que uma nova jazida seja explorada. As mesmas terras de onde são retirados o nióbio também servirão para exploração de terras-raras. Estudos da empresa apontam que a concentração dos minerais é de aproximadamente 3% - percentual semelhante ao de nióbio -, sendo que o produto processado passa a ter 50% dos elementos de terras-raras.

Atualmente, a China é responsável por 97% do volume de terras-raras processados no mundo, o que coloca os demais países nas mãos dos orientais para o uso do produto, que garante o aperfeiçoamento de equipamentos com alto grau de tecnologia, como TVs de tela plana, tables e aparelhos da indústria pesada. Esse motivo é apontado como responsável pelo aumento do valor de mercado dos minerais. Nos últimos anos, a elevação de preço superou 1.000% para alguns elementos. "Temos potenciais mercados nos Estados Unidos, na Europa e no Japão. Mas ainda estamos engatinhando, como foi com o nióbio há 47 anos", afirma Carneiro, que aponta como um dos principais êxitos a CBMM ter desenvolvido produtos específicos e criado mercado para que eles fossem comercializados. Atualmente, a empresa responde por 85% do mercado de nióbio do mundo, o que significa a produção de 75 mil toneladas por ano.

Hoje, representantes da multinacional canadense iniciam uma missão de uma semana em Araxá. Eles vão visitar as terras que estão em sendo desapropriadas pela prefeitura para possivelmente adquiri-las e, segundo previsões, iniciar a exploração até o fim do ano. Representantes da empresa classificaram as propriedades como possuindo "um dos mais altos níveis de óxidos terras-raras" do mundo. Estudos apontam que em Araxá é possível produzir até 9 mil toneladas dos metais de terras-raras por ano.

http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2012/05/23/internas_economia,295877/tecnologia-de-ponta-na-mineracao-em-araxa.shtml





Folha de S.Paulo - Mercado - Terras-raras fazem Araxá (MG) ser cobiçada por mineradoras - 19/08/2012


Terras-raras fazem Araxá (MG) ser cobiçada por mineradoras

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ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

O município de Araxá (MG), com 94,7 mil habitantes, virou o queridinho de gigantes do setor de mineração do Brasil, como Vale e CBMM, e da canadense Mbac, que começaram a ver possibilidades de novos lucros na cidade.
O motivo vem da China, que concentra 97% da produção de terras-raras do mundo e, em 2010, passou a restringir suas vendas.
Terras-raras são elementos químicos essenciais na fabricação de eletrônicos de alta tecnologia, como tablets, smartphones e telas de LCD.
Edson Silva/Folhapress
Jazida da Vale em Tapira, cidade da região de Araxá
Jazida da Vale em Tapira, cidade da região de Araxá, que atrai gigantes do setor de mineração
Os minerais existem em Araxá e agora são foco de investimentos, afirmou o especialista em recursos minerais Romualdo Paes de Andrade, geólogo do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), do Ministério de Minas e Energia.
Embora as reservas de Araxá ainda não tenham sido oficialmente medidas, a atividade é promissora, diz Andrade, pois o nióbio e o fosfato, de onde são extraídas, são abundantes na região.
A mineração já é o principal motor da economia local, que movimenta R$ 3 bilhões ao ano só da iniciativa privada, conforme a prefeitura.
O PIB araxaense em 2009 (último medido) foi de R$ 1,98 bilhão, 258,6% superior ao de uma década atrás, quando era de R$ 552 milhões.
A extração do nióbio, metal que dá mais resistência ao aço, é um dos destaques da economia local. As maiores reservas mundiais estão em Araxá e são exploradas pela CBMM, com cerca de 65 mil toneladas por ano (90% da produção global).
DIFERENCIAL DO NIÓBIO
A companhia afirma que encontrou a solução para obter as terras-raras do nióbio.
Em uma fábrica-piloto com capacidade para 1.200 toneladas/ano, produz concentrados de terras-raras e pode elevar a produção para 3.000 toneladas "sem grande esforço", afirmou em nota.
É pouco diante das 120 mil toneladas/ano de produção mundial. Mas já seria um salto consideradas as 239 toneladas produzidas pelo Brasil em 2011, segundo o DNPM.
A companhia confirma que o diferencial, em Araxá, é a possibilidade de obter as terras-raras dos resíduos.
A empresa investiu R$ 50 milhões na nova tecnologia. Outros R$ 12,5 milhões foram do governo de Minas, que tem participação de 25% nos lucros da CBMM.
A Vale não dá detalhes dos estudos para a extração das terras-raras, que se encontram em suas minas de fosfato em Araxá e na vizinha Tapira, de 4.200 habitantes.
Já a Mbac, segundo a Prefeitura de Araxá, vai investir R$ 280 milhões numa unidade. ÀFolha a empresa não revelou valores, mas confirmou que prepara a construção de uma planta-piloto em Araxá e que estudos feitos por ela mostram que as terras-raras são viáveis no município.
BENEFÍCIOS A LONGO PRAZO
Embora gigantes da mineração já vislumbrem possibilidades de ampliar seus lucros com a atividade em Araxá, alguns setores da cidade ainda são cautelosos sobre as terras-raras.
A situação lembra, em parte, a desconfiança que rodeava o pré-sal, antes de serem confirmadas sua existência e viabilidade.
O presidente da Acia (Associação Comercial, Industrial, de Turismo, Serviços e Agronegócios de Araxá), Marcio Antonio Farid, reconhece a importância da mineração para o desenvolvimento do município, mas diz que os benefícios à cidade ainda devem demorar.
Para ele, o clima de otimismo está no fato de as mineradoras já estarem trabalhando na cidade. "Mas, no caso das terras-raras, acho que os benefícios devem aparecer mais a longo prazo, e não tão imediatamente."
O corretor de imóveis Danilo de Souza afirma que o setor imobiliário já se beneficia da atividade mineradora.
"[As mineradoras] geram uma massa salarial expressiva, o que é bom para o setor imobiliário", disse.
Souza disse acreditar, porém, que é preciso esperar se consolidar o plano de novas empresas na cidade.
O PIB per capita em Araxá, conforme medição do IBGE, é de R$ 21,3 mil. Já é mais do que em BH -R$ 18,1 mil.
CENTRO INTERNACIONAL DE PESQUISA
A importância das terras-raras também já foi percebida pelo poder público.
O governo diz estimular novos projetos e incluiu o tema no Plano Nacional de Mineração, que trata de questões estratégicas do setor.
Para o subsecretário de Política Mineral e Energética do Estado de Minas, Paulo Sérgio Machado Ribeiro, a exploração dos minerais de Araxá ajudará o país a reduzir as importações da China.
Hoje, o Brasil enfrenta dificuldades, por exemplo, para comprar o lantânio, que é um elemento utilizado nos catalisadores para refino de petróleo da Petrobras.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, as empresas que detêm o direito de explorar ambientes geológicos favoráveis -como ocorre em Araxá- são estimuladas a desenvolver pesquisas ou a extração mineral propriamente dita, de acordo com a pasta.
O Serviço Geológico do Brasil, empresa pública vinculada ao ministério, iniciou levantamento em todo território nacional para identificar as áreas potenciais para a ocorrência de terras-raras.
Além de Araxá, sabe-se que em Catalão (GO) também existem jazidas importantes.

Por enquanto, segundo o DNPM, foram oficialmente dimensionadas apenas reservas nas regiões de Poços de Caldas e Vale do Sapucaí, ambas em Minas, e no norte do Estado do Rio de Janeiro, mas nesses lugares o volume de terras-raras é bem pequeno.
A Prefeitura de Araxá iniciou uma série de tratativas para atrair instituições internacionais de pesquisa.
Foram programados R$ 40 milhões na construção de um parque tecnológico para incubadoras de empresas e universidades estrangeiras.
Protocolos de intenção chegaram a ser assinados, segundo Alex Ribeiro, assessor especial para assuntos internacionais da prefeitura. O projeto, no entanto, só será continuado após as eleições de outubro.



Brasil tenta acelerar a nova corrida do ouroPaís pretende turbinar exploração de terras-raras, matérias-primas de grande importância para a indústria moderna. Em Minas já há desapropriação de terrenos com potenciais jazidas

Sílvio Ribas - Estado de Minas
Publicação: 13/05/2012 07:33 Atualização: 13/05/2012 07:39
Brasília e Belo Horizonte – O Brasil se arma com novas estratégias para uma disputa histórica com a Índia para conseguir espaços em um mercado estratégico, hoje monopolizado pela China. Além de ter as principais jazidas conhecidas do grupo de minerais conhecidos por terras-raras, a segunda maior economia do mundo concentra e regula a oferta (97%) em favor de seu crescente domínio nas aplicações industriais desses insumos, geralmente ligadas a produtos de alta tecnologia. 

Pesquisas indicam que o país pode até alcançar a vice-liderança no fornecimento de terras-raras, desde que invista, ao mesmo tempo, na exploração de suas ricas e variadas reservas e no florescimento local de fábricas para agregar valor a elas, ultrapassando assim a muralha chinesa. Produzindo 303 toneladas anuais, o Brasil está num magro terceiro lugar mundial, bem atrás da Índia (2,7 mil) e da líder, China (120 mil). Mas ainda tem 52 milhões de toneladas, no mínimo, para serem exploradas, patamar próximo ao chinês, de 55 milhões.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação está antenado para a importância de turbinar a exploração das terras-raras no Brasil. Fernando Freitas Lins, diretor do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), avisa que planejar a exploração desses minerais do futuro em compasso com o desenvolvimento da indústria se tornou prioridade do órgão, ligado ao ministério.

A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais Geológico (CPRM) já mapeou a região localizada entre o Norte fluminense e o Sul capixaba e deu início a uma avaliação do potencial de terras raras em áreas do Amazonas e Roraima. A ideia é montar um quadro mais detalhado das jazidas até 2014. Mas, antes disso, cerca de 200 pedidos de lavra já foram encaminhados por empresas nacionais ao governo.

Outro sinal inequívoco da importância que a área vem ganhando está no interesse explicitado pela brasileira Vale, uma das maiores mineradoras do mundo. O presidente da companhia, Murilo Ferreira, afirma que a busca por esses minerais está no radar da empresa, que iniciou pesquisas em reservas das cidades mineiras de Araxá e Patrocínio (Alto Paranaíba). A expectativa é de começar a produção de terras-raras em 2015. Outro projeto da Vale envolve uma parceria de longo prazo com a Petrobras para garantir o fornecimento de minerais usados no refino de gasolina, hoje 100% importados da China.

Ainda este ano a multinacional canadense MBac, que produz fertilizantes no Brasil, deve iniciar a exploração de terras-raras em Minas Gerais. Na sexta-feira a Prefeitura de Araxá desapropriou o primeiro terreno da região. O proprietário recebeu R$ 298 mil por três alqueires. Ao todo, 190 hectares devem ser desapropriados pela prefeitura nos próximos meses para viabilizar a busca pelos minerais. Outros 41 hectares pertencentes à Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), responsável pelo maior complexo mínero-industrial de nióbio do mundo e localizado em Araxá, também apresentam potencial de terras-raras e devem ser explorados pela empresa.

Na próxima semana, uma comissão da MBac deve visitar a área desapropriada para avaliar as condições de exploração, segundo o prefeito Jeová Moreira da Costa. Recentemente, a companhia classificou o potencial das jazidas da cidade como “um dos mais altos níveis de óxidos de terras-raras” do mundo. Estudos apontam que é possível produzir aproximadamente 9 mil toneladas dos metais por ano na região e quase um quarto do material é composto por elementos que devem ter aumento considerável de valor de mercado nos próximos anos, como neodímio, európio e disprósio. Com isso, a multinacional inclusive cogita a possibilidade de o produto tornar-se o principal foco da empresa no país, deixando em segundo plano os fertilizantes.

País quer ser destaque da década

O resultado da aposta em um forte avanço do Brasil, que já foi o maior produtor do mercado de terras-raras e hoje tem 1% dele, pode ser a presença do país nas atividades mais lucrativas das próximas décadas. Boa parte das inovações da indústria mundial depende desses 17 minerais, abundantes na natureza em várias partes do planeta, mas classificados como extraordinários em razão das dificuldades para serem extraídos e beneficiados.

“O Brasil teve um razoável aproveitamento de suas terras-raras, caso do óxido de lantânio a partir da monazita, dos anos 1950 aos 1980. Após longa e forte retração depois desse período, chegamos a um cenário totalmente novo e desafiador, em que está em jogo a própria soberania nacional”, comenta Cláudio Scliar, secretário de geologia do Ministério de Minas e Energia (MME). O engenheiro explica que o seleto grupo de matérias-primas vem assumindo nos últimos 10 anos papel de destaque na produção de artigos de última geração que movimentam negócios promissores, como produção de telas planas, tablets, lasers, baterias de carros elétricos e até locomotivas que flutuam sobre os trilhos.
Basta saber, segundo ele, que, com poucos miligramas desses elementos de nomes engraçados, como praseodímio, promécio e gadolínio, podem-se criar linhas exclusivas de metais, plásticos, vidros, filtros e ímãs. “O setor é ainda mais estratégico para quem dominar toda a sua cadeia produtiva”, frisa Scliar, lembrando que o país já perdeu grandes oportunidades, como a do silício produzido a partir dos cristais extraídos em Minas Gerais e exportado para a China.

Sob o domínio chinês, o comércio internacional de terras-raras gira em torno de US$ 2 bilhões anuais, devendo se aproximar de US$ 10 bilhões no próximo ano. A atenção cada vez maior de grandes marcas de eletrônicos e automóveis nesses produtos singulares está no fato de eles serem excepcionais condutores de eletricidade e de calor, característica essencial para a fabricação de TVs digitais a tomógrafos. “Graças ao emprego em pequenas quantidades em áreas sofisticadas, um quilo de determinada terra-rara pode custar US$ 6 mil”, afirma Daniel Alves de Lima, pesquisador do MME, lembrando que as cotações dispararam desde 2009. (Com Pedro Rocha Franco)

Até Obama se interessa pelas terras-raras

Uma prova explícita da importância atual das terras-raras e do horizonte que se abre para esses materiais está nas recentes tensões diplomáticas entre a China e grandes parceiros comerciais, como Estados Unidos, União Europeia e, sobretudo, Japão. A incômoda dominação chinesa já levou a um protesto japonês na Organização Mundial do Comércio (OMC) e provocou até queixas públicas do presidente norte-americano, Barack Obama.
“Eles são os minerais do futuro, formando as bases da economia verde e da internet móvel”, resume o consultor Paulo César Ribeiro de Lima. Ele conta que os EUA dividiam ao meio com as mineradoras chinesas o mercado mundial até a segunda metade dos anos 1990, mas deixaram de produzir os insumos em 2001 diante dos preços arrasadoramente baixos da concorrência asiática. Depois, foi a vez de conglomerados tecnológicos do Japão serem obrigados a fazer associações em território chinês. “O reflexo disso é que equipamentos como turbinas de usinas eólicas (energia dos ventos) caminham também para ser domínio chinês”, ilustra.

CONGRESSO Uma das maiores defensoras no Congresso da exploração de terras-raras no Brasil, inclusive em áreas indígenas, a deputada Teresa Surita (PMDB-RR) quer aproveitar o debate sobre o novo Código Mineral para definir fontes perenes de recursos para a pesquisa desses insumos especiais. “O novo marco regulatório do setor precisa não só ampliar os percentuais pagos pelas mineradoras na forma de royalties, mas reservar, nesse montante, uma parte para financiar o florescimento no país de uma indústria de ponta a partir dos minerais extraídos", disse.
Ela vê grande espaço para taxar os lucros das concessionárias de lavra, a exemplo do que já ocorre no setor petrolífero. Nas últimas semanas foram realizadas audiências públicas com especialistas no Senado e na Câmara para discutir o potencial brasileiro nos negócios estratégicos das terras-raras.




DOCUMENTÁRIO SOBRE O BARREIRO- ARAXÁ MINAS

Documentário sobre moradores do Barreiro é premiado na Expocom
O vídeo foi elaborado pelas universitárias Michelle Parron e Marília Cândido.

 Da Redação - A edição Sudeste da Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação(Expocom) premiou, na categoria Documentário em Vídeo, o trabalho “Vila dos Operários”, que retrata a situação das famílias do Barreiro em Araxá.  
Agora o videodocumentário concorre nacionalmente com outros trabalhos Brasil afora e no 34° Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que será realizado no mês de setembro, em Recife.
O trabalho foi elaborado pelas acadêmicas do curso de Jornalismo da Universidade de Uberaba (Uniube), Michelle Parron e Marília Cândido, com orientação da professora Celi Camargo.

Sinopse

Uma comunidade com mais de 100 famílias vive isolada na cidade de Araxá. São os moradores do bairro Alto Paulista, localizado na Estância Hidromineral do Barreiro, a 5 quilômetros da cidade. Foram os pais deles que há mais de meio século ajudaram a erguer os alicerces do Grande Hotel, concebido para ser um dos mais luxuosos do país.

Enquanto os turistas desfrutam da bela paisagem e se banham nas famosas águas termais de Araxá, o moradores vivem um conflito: a água que abastece o bairro está contaminada. A solução encontrada foi a desocupação do bairro.

Em Vila dos Operários os moradores contam suas histórias e revelam porque amam o Barreiro. São vidas permeadas pelo conflito de morar no local onde convergem as forças mais poderosas da cidade: o turismo e a mineração. Em meio a interesses políticos e econômicos, estão estes personagens que não querem abandonar suas raízes.(FONTE DIÁRIO DE ARAXÁ)



Histórico do Município de Araxá
O nome Araxá (um lugar alto onde primeiro se avista o sol) é referência à população indígena que aqui viveu até o século XVIII. O Quilombo do Ambrósio, o maior de Minas Gerais no século XVIII, e provavelmente no século XIX, formou-se em território que originalmente pertenceu a Araxá — hoje correspondente ao município de Ibiá. Ao mesmo tempo em que o Quilombo do Ambrósio (1759) e os índios Araxás (1766) foram reprimidos pelas autoridades coloniais, os moradores do Desemboque — núcleo de ocupação anterior à Araxá — realizaram um movimento (1766) que resultou na anexação do Triângulo Mineiro a Goiás. O motivo da iniciativa foi o de fugir da alta tributação sobre o ouro exigida pela Capitania de Minas Gerais.
O marco inicial de Araxá pode ser situado entre 1782 e 1785, quando se concedeu e demarcou a Sesmaria do Barreiro em cujas terras se formou o arraial. Os primeiros moradores vieram do Desemboque e de outros lugares próximos, para se dedicarem à pecuária, atividade estimulada pela existência do sal nas águas minerais do Barreiro. Em 20 de outubro de 1791 foi criada a Freguesia. Esta foi elevada a Julgado em 20 de dezembro de 1811, ainda sob a jurisdição de Villa Boa de Goiás. Em 1816, atendendo à solicitação dos moradores de Araxá, a região do Triângulo foi reincorporada à Capitania de Minas, no episódio que tradicionalmente consagrou Anna Jacintha de São José, a Dona Beja.
O Julgado foi elevado à Vila em 13 de outubro de 1831, sob a condição de o povo edificar, às próprias custas, o Fórum e a Cadeia Pública. A Câmara passou a exercer os poderes legislativo e executivo.
Em 19 de dezembro de 1865 Araxá foi elevada à categoria de Cidade através da lei nº. 1.259. Com a Proclamação da República, em 1889, passou a ser administrada por um Conselho de Intendência. Passada a fase de transição, a Câmara retomou suas funções.
Em 1915, foi criada a Prefeitura Municipal que passou a exercer o poder executivo, após acordo firmado entre o Governo de Minas Gerais e a Câmara Municipal. Segundo este acordo, a Câmara cedeu ao Estado os direitos às fontes do Barreiro com seus terrenos próximos. Em contrapartida foi criada a Prefeitura de Araxá, nomeando-se um prefeito para administrar a cidade.
Durante todo o século XIX, a economia de Araxá esteve amparada na agricultura de subsistência, com o cultivo de milho, fumo, café, mandioca e algodão. A organização da produção sinalizou (1890) para o aproveitamento das águas minerais do Barreiro, em função do seu valor terapêutico. O turismo, de saúde e de lazer, atingiu o auge com a inauguração do Grande Hotel/Termas (1944). Com a descoberta do nióbio (1950) teve início a indústria da mineração e, depois, a de fertilizantes.
Originalmente extenso, o município de Araxá perdeu os seus distritos entre 1923 e 1938. Neste período, a condição de estância hidromineral esteve valorizada em relação ao potencial agropecuário. Assim, Araxá possui atualmente, além do distrito sede, apenas o povoado de Itaipu.
A população é de 93.071 habitantes (censo 2010), e atualmente, pode ser observada a tentativa de resgatar o turismo como atividade economicamente importante.

está obra foi feita pela codemig em BH, QUANDO ARAXÁ TERÁ MAIS???.

Histór
"- Araxá possui altos níveis de câncer, alto índice de doenças degenerativas muito raras, doenças no sangue, distúrbio da neuroquímica cerebral, paralisias e alto índice de leucopenia, este último principalmente nos moradores dos bairros mais próximos da mina de nióbio"



NOSSO MEIO AMBIENTE AGRADECE

NOSSO MEIO AMBIENTE AGRADECE
NÃO DEIXEM QUE SEUS FILHOS CONHEÇAM ARAXÁ SÓ POR FOTOS E LEMBRANÇAS...VAMOS CUIDAR DE NOSSA CIDADE E SEU VERDADEIRO OURO!!

ARAXÁ - BARREIRO

ARAXÁ - BARREIRO
MINERAÇÃO NA BACIA DO BARREIRO